Eu não sinto nada

Eu acordo, Aan, acordei. Eu olho no espelho e penso "QUE DROGA, Eu ainda to aqui". Como não tenho escolha, eu vou tomar um banho pra ir pra maldita escola. A água quente desce, e por algum motivo meus pulsos ardem, quando eu olho pra eles, eu vejo riscos, e penso "por que?". Eu penso por que eu to fazendo isso comigo, nesse momento eu penso em parar. Eu saio do banho, me troco, e vou. Sempre com alguma coisa nos pulsos ou com a blusa de frio pra ninguém notar nem olhar pros meus pulsos e me tratar como se eu fosse diferente. Mas quando vêem, aaa, eu não sei que resposta dar. Eu não tenho nada pra falar. Eles me chamam de idiota, eles dizem que, que eu faço isso, sem motivo!? Eu não tenho ninguém, NINGUÉM! Se eu tivesse alguém, que se preocupasse comigo, e antes disso tudo acontecer, visse que eu precisava de ajuda, acha mesmo que meu pulso taria assim? E mais uma vez o inferno, caiu sobre mim, na escola. Eu tenho que ir embora com o rosto enxado, mas finjo que ta tudo be
m pra ninguém na minha casa perguntar. Eu chego em casa, tenho que passar pela dor do banho novamente. Eu entro no meu quarto.. "Mãe, Pai.. Vou dormir". Só eu sei a dor que é, olha pro seu estojo, ver o apontador, e tirar a lâmina dele. E quando você começa você não sabe como, você não consegue parar, você não sente dor, você não sente nada. Você começa a se cortar e você não para. Até que as pessoas que você mais ama, vêem, e começam a te julgar. Cê acha mesmo, que dói mais uma pessoa estranha me julgando? Aaa, Poderia todas pessoas estranhas do mundo me julgar, se quem eu amo tivesse do meu lado. Mas não tá! É o único motivo de eu descontar tudo que eu to passando. Meus pulsos tão ficando marcados, ta cada vez mais fundo. E o pior é que eu não sei até quando isso vai, e eu não consigo parar. E ninguém me ajuda. Eu vou dormir. Eu acordo, me olho no espelho, e penso "QUE DROGA, eu ainda to aqui