segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Você pode me ouvir?

Não direi meu real nome, pois não vejo necessidade. Me chame de The Dead Words, contarei aqui um pouco de minha história. Nasci em uma família turbulenta, era uma criança alegre, que não parava um segundo se quer, cresci com grande diferença na família, por não ser tão rica quanto a minha tia, como minha mãe gostaria de ser também, afinal, nesse mundo materialista, quem não gostaria? Com o passar dos anos, fui notando essa diferença, e quando cheguei no fundamental, comecei a sofrer bullying. Por ser eu mesma, por simplesmente ter nascido. Quanto mais o tempo passava na minha família, mais notava que me tratavam diferente de minhas 2 primas que minha tia tivera, como se eu fosse menos que elas, ou algo do tipo, me tratavam totalmente diferente, como se eu merecesse tudo aquilo, por não ser tão rica ou qualquer merda do tipo. Confesso,isso me afetou um pouco quando criança, pois não entendia nada disso. Então eu cresci mais, cheguei na tão famosa adolescência, e o bullying piorou, piorava a cada dia. Me apaixonei pela primeira vez, por um garoto que parecia me tratar bem, quase fui abusada.. Tentei de novo um outro relacionamento no ano seguinte, fui abusada, tanto verbalmente quanto fisicamente. Chegava a ser humilhada de diferentes formas, tanto na escola, quanto na família. Chegou uma hora em que minha mãe olhou para a minha cara e disse as piores coisas que vocês podem ouvir de um parente, entre elas algo como " Você deveria ser como fulano.." " Eu não te aceito." "Você só me traz decepção " " Você não é a filha que eu tive." Essas coisas do gênero, durante um ano, me afundei em uma depressão extrema, para calar minha sede de dor, me jogava de escadas relativamente grandes, tentava morrer de hemorragia, chorava todos os dias, gritava quando estava sozinha, atacava coisas na parede, já tentei me afogar, morrer atropelada, já tentei pular de uma janela, já tentei ir para becos e esperar que alguém maldo
so viesse me buscar, para tentar acabar com essa dor. Só que havia esperança em mim, sempre houve. E é exatamente isso que vim dizer. Depois de um tempo, comecei a parar, comecei a me amar, do jeito que sou, e percebi que não tenho que mudar por ninguém, pois o erro não está em mim, está nas pessoas. Há esperança em todos vocês que estão lendo isso agora, sempre houve. E quero dizer que não há problema que não possa ser resolvido. Vocês são únicos, devem se amar como são, taquem o foda-se no mundo, e vivam. VIVAM, porque é isso que vieram fazer aqui, não vieram agradar, a vida não veio com uma lista de regras, então apenas VIVAM. Sejam vocês mesmos, mandem à merda quem tentar te convencer do contrário. VOCÊ É APENAS VOCÊ, E É ISSO QUE TE FAZ ESPECIAL. Vocês não tem que se torturar por não se encaixarem no padrão da mídia, da sociedade, a sociedade é que tem que mudar por vocês, porque vocês que a fazem. Ouçam, há esperança em vocês que estão lendo isso, sempre houve, vocês estão vivos porque ainda creem em um final feliz, e acreditem, ele existe, você tem que arregaçar as mangas e sair pro mundo, rasgar a cara, viver a vida e descobri-lo. Vocês são o que querem ser, e mandem o resto se fuder! Somos todos peças de um grande quebra cabeça, que não se completa se faltar alguma. Sempre lembrem-se.. Quem faz sua felicidade, é apenas você, não existe resto, apenas você. Você é importante, não deixe que outros tentem moldar aquilo que você nunca foi. De uma amiga, The Dead Words.

6 comentários:

  1. Você é a primeira pessoa a me mandar uma história em que no final está esperançoso(a) com a vida em geral, fico muito feliz em saber disso. Sua história é linda e daria um ótimo livro. Parabéns por ser tão forte e perspicaz, te adimiro pelo pouco que li.

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  2. Sabe ,para muitas pessoas é difícil seguir em frente se você seguiu ótimo .....

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  3. Um exemplo a ser seguido.

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